tag:blogger.com,1999:blog-7230840010155986230.post8932696795923626382..comments2023-11-02T01:20:09.924-07:00Comments on Scripta manent: Considerações acerca de uma história preterintencional.Sandrohttp://www.blogger.com/profile/13374479232089851309noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-7230840010155986230.post-55433600816071121612011-03-24T16:42:15.404-07:002011-03-24T16:42:15.404-07:00Professor,
encontrei na internet um texto interes...Professor,<br /><br />encontrei na internet um texto interessante, comparando o pensamento de Tocqueville ao de Gobineau. Este é o link: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0011-52582006000300005&script=sci_arttext<br /><br />Em Gobineau, também encontra-se a lógica histórica, porém, reduzida a uma causalidade única: racial. A dinâmica é fatalista: para existir a civilização, é preciso a miscigenação racial, porém, esta leva, por fim, à decadência. O pensamento de Tocqueville é mais rico, como o senhor mesmo destacou.<br /><br />Porém, saindo um pouco da proposta do seu texto, acho interessante avaliar os prognóticos temerosos em relação ao futuro da civilização de Gobineau (com seu "fatalismo racialista") e de Tocqueville (com sua análise dos "perigos da democracia e de um novo despotismo"") comparando-os aquilo que ocorreu no chamado "Estado de bem-estar social" europeu, e as consequências dessa "providência-ingerência" estatal sobre o espírito humano.Valdenorhttps://www.blogger.com/profile/09049603112128047349noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7230840010155986230.post-12321568387659759102011-03-22T18:49:36.538-07:002011-03-22T18:49:36.538-07:00Caro professor, a busca por uma História preterint...Caro professor, a busca por uma História preterintencional fundada no centralismo da razão imediatamente me remete a Pierre Legendre: ‘abricar o homem é dizer-lhe seus limites, ensinar-lhe um ‘além’ de sua pessoa; separar o homem de si mesmo. [...]Cada civilização produz seu estilo de educação e estilo de educação considerando essa separação’. O distanciamento nirvânico do método soa assim, espero que numa leitura não influenciada pela venalidade da sensibilidade, como uma angústia por enraizamento num meio social progressista sem coesão. A questão é, em tempos neoliberais - dessimbolização generalizada, auto-reflexividade permanente e desengajamento da pessoa - onde Deus e Marx estão mortos, até quando será possível discutir uma alteridade histórica e torná-la indissociável de sentido, ou melhor, um humanismo de (tenebrosa pragmática) relevância? Seriam auroras propícias à assumir um niilismo esvaziador, à sincronização com um egocentrismo pós-moderno(?) ou combater nas trincheiras do conhecimento as últimas fundações da Memória - o (último) bastião que nos reúne?Bráulio Marques Rodrigueshttp://opoetaeaputa.wordpress.com/noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7230840010155986230.post-19209887572654167122011-03-22T17:51:45.896-07:002011-03-22T17:51:45.896-07:00Caro Valdenor,
Ainda que eu seja defensor da inex...Caro Valdenor,<br /><br />Ainda que eu seja defensor da inexistência de mecanismos prognósticos na história, ou seja, não há uma "história do futuro", nem metodologia na ciência histórica que nos permita saber para onde estamos indo, como foi uma certa prática da filosofia da história dos novecentos, é inegável a sensibilidade sociológica e antropológica de Tocqueville e, digo-lhe, o faz um dos meus autores mais queridos. No "Lembranças de 1848" essa sensibilidade é até mais intensa que no "democracia...". O importante, contudo, é perceberes que a história independe da vontade individual e dos grandes homens, isoladamente. Essa fineza está em Tocqueville que concentra sua atenção em um movimento muito mais contextual de convergências e divergências de fatores sociais.<br /><br />Agradeço-lhe o comentário.Sandrohttps://www.blogger.com/profile/13374479232089851309noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7230840010155986230.post-41139353159518761842011-03-21T15:03:15.440-07:002011-03-21T15:03:15.440-07:00Professor, percebo um interessante desenvolvimento...Professor, percebo um interessante desenvolvimento dessa idéia de "lógica histórica" na obra de Alexis de Tocqueville, em seu "Democracia na América" (dois volumes), de 1835. Apesar de ter vivido após o iluminismo, percebi com a leitura de sua obra um destaque a tal ponto da razão aplicada à história que chega ao exercício de uma "futurologia". Assim ele se pronuncia na conclusão do volume I: "Há hoje na Terra dois grandes povos que, partindo de pontos diferentes, parecem avançar rumo ao mesmo objetivo: os russos e os anglo-americanos." "O americano luta contra os obstáculos que a natureza lhe opõe; o russo está às voltas com os homens. Um combate o deserto e a barbárie; o outro a civilização revestida de todas as suas armas. (...) Um tem por principal meio de ação a liberdade; o outro a servidão." "O ponto de partida de ambos é diferente, diversos são seus caminhos; no entando cada um deles parece chamado, por um desígnio secreto da Providência, a ter um dia em suas mãos o destino de metade do mundo." Impressionante.Valdenorhttps://www.blogger.com/profile/09049603112128047349noreply@blogger.com